Estudo da EsalqLog, em parceria com o USDA, mostrou que houve quedas nas principais rotas de escoamento do Brasil
A despeito de os 18 mil quilômetros que separam o Brasil da China não terem mudado no último ano, transportar soja daqui para Xangai custou menos em 2020, em dólar, que no ano anterior. Estudo feito pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (EsalqLog) em parceria com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostrou que houve quedas nas principais rotas de escoamento da oleaginosa, mesmo com a alta de 25% no preço internacional do grão.
Nesse contexto, a participação do item transporte dentro do custo total de aquisição de soja para exportação ao mercado chinês também registrou baixas entre 19% e 25%.
Outro ponto indicado pela pesquisa é a confirmação de que as regiões brasileiras cujas áreas produtoras são próximas a portos têm custo de exportação mais baixo que as áreas do Centro-Oeste. O Rio Grande do Sul aparece como grande campeão nessa frente, se a soja sair pelo porto de Rio Grande. Nesse caso, o custo total de transporte para os chineses é de US$ 52,13 a tonelada, 35% a 45% menos que a soja que parte de Mato Grosso.
Outros corredores competitivos nessa comparação, destaca Péra, são os que vão de Maranhão e Piauí para o porto de São Luis (MA), com destino a Xangai. O primeiro custa US$ 60,85 e o segundo, US$ 63,83 a tonelada.
Péra afirma que um acordo de cooperação já estabelecido com o USDA deverá resultar em estatísticas comparando o Brasil com Estados Unidos e outros países exportadores de soja.
Fonte: Valor Econômico
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